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com a cabeça entre as orelhas

com a cabeça entre as orelhas

19
Mai19

Gosto do silêncio.

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Gosto do silêncio. Encontrei-o quando reduzi a vida.

Consigo estar, ler e pensar. Conseguiria ser se a angústia não aparecesse, ao virar da página, para me envolver com o seu abraço. 

A angústia em relação à (ausência) de sentido, de valor. A angústia em relação ao vazio. À morte que me levou a voz e o toque de quem me desenhou a vida.

A finitude da vida deveria ser a sua força motriz. Mas quem serei eu quando não for o que conheço?

Foi simples libertar o corpo dos bens materiais supérfluos. Foi simples encontrar este silêncio. Mas como se liberta a mente, a consciência, a alma, quando o corpo é a mais pesada das âncoras? 

Fecho o livro e fujo para o som da música. 

 

“(...) what it means to die, and that if one considers death in isolation (...), one will no longer consider it to be anything other than a process of nature, and if somebody is frightened of a process of nature, he is no more than a child” - Marcus Aurelius, Meditations

07
Abr19

O fim do dia...

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O fim do dia vem acompanhado pelo teu fantasma. Uma e outra vez.

Tu, que não és, encontras sombra na noite. Encontras voz no silêncio. És o contrário de tudo o resto. Não és nada, talvez.

Mas tu, que trazes o frio e a noite e o medo, podias de uma vez por todas agarrar no passado, guardá-lo na mala e seguir viagem.

03
Abr19

Continuo no “yellow brick road”...

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Continuo no “yellow brick road” de teclas brancas. Um dedo depois de outro; um pé à frente do outro. Aos poucos, mas sustenido; lentamente, com uns bemóis. 

Focar. Prioridades. Minimizar. Uma escala cromática em que a distância focal por vezes se alonga, o foco se dispersa e o menos que tente é sempre demais. 

Há dias assim. Em que é tudo imenso, intenso, além de assustador ou do que antevi. Provavelmente, porque não tinha nada que tentar ver do outro lado do mundo.

01
Abr19

Começou o dia...

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Começou o dia, o mês, uma época. Tenho uma nova vida, feita das minhas decisões. Estou livre de entidade patronal, livre de entidade amorosa... estou livre. A noção da liberdade desejada, finalmente atingida, inclusivamente a níveis onde não era desejada sequer, realça a imensidão do universo à volta. 

Onde ir quando se pode ir a qualquer lugar? O que fazer quando tudo é possível? Que sensação estranha a que encerra em si mesma todas as dicotomias do mundo.

Sou livre... Isso deixa-me espaço para descobrir quem sou. O que tem o seu quê de assustador.

30
Mar19

Constância.

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Constância. O ritmo lento, mas mantido, que me irá levar a algum lugar mais tranquilo de forma consistente. Ou apenas a consciencialização da tentativa. 

Gostaria de dizer que não encontro tempo no que sobra de tempo para ti; mas encontro. Em cada palavra silenciada; em cada olhar por partilhar; em cada mágoa revisitada. E volto a avançar; porque, como ontem me dizia uma amiga, é irrelevante se é ou não é, se acreditamos ou não, estará a acontecer independentemente da nossa vontade. O quê? A vida, talvez.

Noutra nota, gostei do que aprendi hoje... ou da possibilidade de achar que consigo chegar às mesmas conclusões aos poucos, por mim; embora seja sempre melhor partilhado. Trilhando o caminho do “how to be good” abandonado a um terço há uns anos atrás.

29
Mar19

Madagáscar.

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Madagáscar.

Não sei porquê; nem sei ao certo como.

O meu pai disse-me um dia, enquanto eu tremia em cima de um escadote (ou seria um andaime?) que não faz mal ter medo, o importante é ultrapassá-lo. E eu tenho medo. Tenho tanto medo.

Haverá alternativa, se não enfrentá-lo a todo de uma só vez ou aos poucos e depois todo de uma vez só, quando o horizonte são sonhos esmagados por medos... porque não avançar neste?

Madagáscar... não sei mesmo como; mas talvez anteveja o porquê.

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