Felizmente moída.
Felizmente moída. Calorosamente quebrada.
Apesar de querer guardar em mim o diálogo, o sorriso e as lágrimas, escrever permite fugir dos erros inerentes à memória e ao tempo.
Num outro eu, num outro tu, olhámo-nos pelo retrovisor das nossas almas e percorremos de mãos dadas as alegrias e mágoas que nos fizeram chegar aqui.
Aqui será sempre um fim de dia com sabor a mar, sob a protecção de um Sol ensonado, descendo no horizonte, na certeza de uma dança desengonçada numa rua vazia.
Sabendo que serei sempre louca aos teus olhos, deixo-te a dica de Aristóteles:
No great intellect has been without a touch of madness.