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com a cabeça entre as orelhas

com a cabeça entre as orelhas

12
Mai19

Felizmente moída.

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Felizmente moída. Calorosamente quebrada.

Apesar de querer guardar em mim o diálogo, o sorriso e as lágrimas, escrever permite fugir dos erros inerentes à memória e ao tempo.

Num outro eu, num outro tu, olhámo-nos pelo retrovisor das nossas almas e percorremos de mãos dadas as alegrias e mágoas que nos fizeram chegar aqui. 

Aqui será sempre um fim de dia com sabor a mar, sob a protecção de um Sol ensonado, descendo no horizonte, na certeza de uma dança desengonçada numa rua vazia.

Sabendo que serei sempre louca aos teus olhos, deixo-te a dica de Aristóteles:

No great intellect has been without a touch of madness.

05
Mai19

Fomos tomar o café de sempre...

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Fomos tomar o café de sempre e eu esqueci-me do dia da mãe. 

Entre pai perdido e mãe encontrada, estou grata que se tenham juntado aqueles dois. A força e o coração da casa com o espírito fantástico e destemido.

E, ainda que tenham feito dois palermas, que bom sermos eu e tu, irmão! 

Que boa escolha a deles e a nossa. Continuemos a olhar o espelho perguntando-nos o que diria ele, sabendo o que diz ela.

04
Mai19

Sob um céu despido de nuvens...

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Sob um céu despido de nuvens, à sombra dos pinheiros que plantámos há uma vida atrás, reencontrei-te. A ti e a nós. 

Pela primeira vez em 12 anos tornei a sentir-te; cinza suave entre os meus dedos. Todo o nada exterior que somos transformado na vida que preencheste.

Percorri o Verão de outrora na imagem do barco parado, ali derrotado, sob a coberta cheia de pó e de lixo. A proa, exposta ao sol, tem a tinta a estalar. 

À distância dos anos a saudade tem a imensidão do mar que velejámos; a imensidão de tudo quanto (de ti) fiquei por conhecer.

13
Abr19

Há 3 dias fotografaram...

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Há 3 dias fotografaram pela primeira vez um buraco negro.  Powehi, de seu nome. 

Gostava de compreender física. Gostava de perceber exactamente o conceito, mas faz-me pensar em ti. Em como engoliste a matéria de que eu era feita; em como consegues concentrar, hoje, passado e futuro. 

Hoje foste para outro continente. Foste para o sítio onde hoje para ti é o meu amanhã e onde eu estou no teu ontem. Figurativa e literalmente, deixaste-me no passado e inventaste futuro, tudo no mesmo presente.

Mas, honestamente, agora não tenho tempo para ti. Vou à minha vida, procurar o buraco branco que julgam existir. Pudesse eu compreender física, mas dizem que ao invés de engolir matéria a expele... e eu preciso dessa luz!

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