Ontem um oceano tranquilo...
Ontem um oceano tranquilo na curva imperfeita do teu sorriso.
Hoje o brilho do sol na terra feita céu do teu olhar.
E assim se faz tempo do tempo na tua anatomia.
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Ontem um oceano tranquilo na curva imperfeita do teu sorriso.
Hoje o brilho do sol na terra feita céu do teu olhar.
E assim se faz tempo do tempo na tua anatomia.
Não sei ao certo que azimutes traçar.
Vou navegando o desconhecido com calma, entre duas considerações sobre coisa nenhuma e o talvez.
O horizonte mantém-se. É o que é. Será o que sempre foi. A vida e as estrelas e o universo. E tudo passa.
Lentamente os passos afundam na areia.
Devagar, vou sabendo o que é estar sem ser. Estar, apenas. Aqui. Agora. Enquanto quiser.
Aceito a queda. Aceito a promessa da tua teia.
Que nunca me esqueça do grande auditório numa manhã de verão com cara de outono.
A patética na estante do piano, professor e aluna discutindo a divisão do tempo, as articulações das frases, quando entra uma cara de outros tempos, de violino na mão, a surpresa pelo auditório com gente.
As hesitações e o silêncio entre as partes, interrompidos por:
- Preciso de um lá!
- Um lá!, respondi tocando... E assim soou; e assim seguiu, violino na mão com a corda afinada.
Possa a vida ter sempre a leveza de uma nota.
É chegada a altura de voltar a Beethoven.
Escolhi a Patética. Irónico.
Ainda assim opto por acreditar que move, apenas. Nem dó, nem piedade, nem ridículo. (Co)move.
Foi o primeiro transdutor das minhas emoções. O que quer que martelasse de Beethoven saía em harmonia, em beleza, em leveza, em menos dor. Uma espécie de meditação em si mesma.
Que dia cheio!
Cansaço, natureza, fome, medo... tudo.
Hesitei. Nos momentos mais difíceis pensei em ti, sem esquecer a mensagem inerente... Vieste agarrada às emoções negativas.
Depois dos animais, das travessias de pontes inacabadas com tábuas instáveis, voltar a ver gente foi delicioso. Todos nós sujos. A jogar à bola com miúdos, como se a idade fosse igual a nada.
Vazaha! Estrangeiro Branco. Fomos nós todos!
Finalmente. Tão perto que sinto o aroma a desconhecido.
Tenho noção do meu privilégio. Por poder ter chegado à existência em circunstâncias que me permitem minimizar, parar, sair... ou ficar.
Desde que alterei a direcção do olhar, redescobri a perfeição da definição HD da vida vivida fora do melhor ecrã do mercado.
Por isso a minha viagem será analógica. Um dia fui sozinha ao teu encontro. Sigo agora sozinha à procura do que sobrou de mim.
Aqui voltarei mais tarde.
Bom dia. Boa noite.
Deixo-te à beira da estrada de há anos, onde a criança que foste ficou perdida à procura de família enquanto, à altura dos olhos, todos os pares de pernas de adultos eram iguais.
Boa noite. Espero que o sol amanheça com um sorriso morno em ti.
Eu deixo-te aí. A minha estrada é outra.
Não foi engano.
Não foi destino.
Foi caminho. Para mim. Para casa.
Bom dia. Acordei!
I've got a king sized bed and a PhD in the way it used to be.
Fomos tomar o café de sempre e eu esqueci-me do dia da mãe.
Entre pai perdido e mãe encontrada, estou grata que se tenham juntado aqueles dois. A força e o coração da casa com o espírito fantástico e destemido.
E, ainda que tenham feito dois palermas, que bom sermos eu e tu, irmão!
Que boa escolha a deles e a nossa. Continuemos a olhar o espelho perguntando-nos o que diria ele, sabendo o que diz ela.