Odeio cada letra do teu nome…
Odeio cada letra do teu nome queimado em mim.
Quero agarrar-te pelos braços e sacudir-te o sorriso da cara.
Obrigar-te a ver a destruição que deixaste.
Tudo o que morreu enquanto respiravas.
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Odeio cada letra do teu nome queimado em mim.
Quero agarrar-te pelos braços e sacudir-te o sorriso da cara.
Obrigar-te a ver a destruição que deixaste.
Tudo o que morreu enquanto respiravas.
Percorri as fotografias de uma, de outra e de outra viagem. Não sei quais contêm felicidade. Parecem todas forçadas. A boca num esgar retesado em forma de sorriso, mas com os músculos periorbitários quietos, sossegados, “botulinizados”.
O que é que foi real? O silêncio é, sem dúvida. Um vácuo palpável.
E o resto? O que foi o resto?
Ainda me custa aceitar que não saiba ver para além da farsa. Que continue a falhar, a um nível básico, o conhecimento do outro.
Quem foste? Quem és?
Se conseguisse ao menos encaixar-te em alguma zona da alma... mas levaste debaixo do braço as respostas e nos teus pés a afastarem-se calaste as perguntas que não cheguei a fazer.
Não é sem alguma raiva que tento mentalizar-me para quinze dias em modo analógico. Nada contra o analógico, antes pelo contrário; espero conseguir distanciar-me de ecrãs e instagrams e afins.
Raiva de ti; que venhas de barriga cheia e olhos do tamanho do mundo enquanto eu fiquei a olhar para os mesmos sítios de sempre, em que a música jamais será igual ainda que a tonalidade não tenha mudado.
Hoje nada neutraliza a azia. Pudesse eu vomitar a vida em ti. Procuro contactar com o que está debaixo desta superfície rancorosa, mas tudo o que vejo é de um verde bilioso. Pudesse eu estatelar-me para te quebrar no impacto.
Deixo-te aqui. Vou por ali. Hei-de chegar tranquila, dentro de uns dias, ao tempo antes de ti.
“O sentimento está à espreita durante o intervalo de tempo que separa o desejo da sua satisfação.” - Admirável Mundo Novo.