Que nunca me esqueça...
Que nunca me esqueça do grande auditório numa manhã de verão com cara de outono.
A patética na estante do piano, professor e aluna discutindo a divisão do tempo, as articulações das frases, quando entra uma cara de outros tempos, de violino na mão, a surpresa pelo auditório com gente.
As hesitações e o silêncio entre as partes, interrompidos por:
- Preciso de um lá!
- Um lá!, respondi tocando... E assim soou; e assim seguiu, violino na mão com a corda afinada.
Possa a vida ter sempre a leveza de uma nota.