Senti amor. Vivi amor.
Senti amor. Vivi amor. Uma, duas, três vezes.
A dúvida entre um bater e o outro. O renascer sincopado.
Durante e depois... de sentir e viver amor.
Uma, duas, três vezes.
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Senti amor. Vivi amor. Uma, duas, três vezes.
A dúvida entre um bater e o outro. O renascer sincopado.
Durante e depois... de sentir e viver amor.
Uma, duas, três vezes.
A mensagem chegou no fim do dia. Chegou enquanto eu saía de palco. Fantasia despida à porta.
Com o volante apertado entre as mãos, chorava a alma... se conseguisse manter a direcção e chegar ao destino. As luzes da cidade em estrelas de lágrimas através do teu olhar... se conseguisse endireitar o sentido da minha existência.
Cada instante. A tua mão na minha perna enquanto atravessávamos o verde do país que nunca foi o nosso. Quando as músicas eram alegres.
Cada instante. O aroma. Aquele que teimou em ficar.
A mensagem chegou no fim de um dia e nunca mais voltou a tocar.
No, I'm six gin and tonics down, baby, I can hardly stand...
Mais um aeroporto. Outra espera.
Um livro e um café entornado sobre ele e ninguém levantou a cabeça da supernova que cada um segura nas mãos. Os olhares perdidos no seu movimento helio(ego)cêntrico. Quando dei por mim a iniciar esse mesmo movimento de fuga, passeando repetidamente pela vida dos outros nas mesmas aplicações, apaguei-as.
Fico com o aborrecimento, com o não saber o que fazer às mãos. Como se a evolução, na oponência do polegar, tivesse permitido à espécie humana sair dos ramos das árvores para a solidão dos smartphones.
Amanhã.
Sinto o caminho a desviar-se daquele que conheço, em direcção a pessoas sentadas no chão, com cartões escritos a agradecer sorrisos de estranhos. E se assim for? Ficarias tu? Ficaria eu?
Poderia ser qualquer um de nós... e, para já, só me sinto perdida. Continuo a querer o teu sorriso familiar em mim.
O que os outros fazem de nós é um rabisco instantâneo a alimentar um algoritmo aleatório na cabeça alheia. Entre um pestanejar e um bocejo.
Nem sequer vale a pena contrariar a engrenagem.
Seremos o que julgam que somos e tudo o mais é irrelevante. A verdade torna-se idiossincrática e não está à venda.
Não sei ao certo que azimutes traçar.
Vou navegando o desconhecido com calma, entre duas considerações sobre coisa nenhuma e o talvez.
O horizonte mantém-se. É o que é. Será o que sempre foi. A vida e as estrelas e o universo. E tudo passa.
Entre o olhar de uma e o sorriso da outra, todo o tempo do mundo.
Entre o hoje e o agora, sem promessas inúteis, todo o espaço do mundo.
Cada dia é outro, cada dia é novo. O aroma a pecado nas vozes da esperança silenciada.
Perdi-me no espaço de 5 luas.
Afastei-me das minhas razões à procura do esquecimento.
Todas as cores do Universo com a perspectiva do abismo.
Estou de regresso à origem, na corda bamba do preto e branco.
E depois deixei de esperar.
Quando decidi tentar aprender a dançar ao ritmo de emoções desconfortáveis.
Porque li que a coreografia é uma estratégia de coping. Umas músicas não são melhores que outras, só não as podemos dançar a todas da mesma forma.
Nesse dia apareceste.
E eu deixei de esperar.
Há os que vêem.
Há os que vêem quando lhes é mostrado.
Há os que nunca irão ver.
Há, também, uma nova “(a)normalidade”. Aquela em que, em terra de cegos, quem vê é ninguém.