29
Jun20
Todas as mulheres que amei.
A manhã acordou com gritos. O desespero a desenhar os contornos do espaço vazio que ela ocupava. Na dança descoordenada de quem não se conhecia e tentava... e tentava.
Gritar era o que fazíamos melhor. Gritar era o que eu fazia melhor. Havia som. Havia alguma coisa, qualquer coisa a fazer sentir-me viva. No meio da loucura em que ela me deixou, gritar era tudo o que sobrava. Nos sons deixava de ouvir todo o silêncio que ela representava.